Cobrança judicial: como garantir o cumprimento da sentença e receber o valor devido

Na cobrança judicial, uma sentença favorável é apenas o primeiro passo. Para o credor, o verdadeiro desafio começa depois: fazer com que o devedor efetivamente pague a dívida reconhecida pela Justiça.

Neste artigo, você vai entender quais são os caminhos legais e estratégicos para garantir o cumprimento da sentença na cobrança judicial e evitar que o crédito vire apenas uma vitória no papel.

 Ganhar a ação é só o começo: por que o cumprimento de sentença é tão importante?

Muitos credores enfrentam o seguinte cenário: o juiz reconhece a dívida e condena o devedor, mas o pagamento não acontece espontaneamente. É aí que entra a fase de cumprimento de sentença.

Essa etapa é essencial porque:

  • Representa a medida efetiva de cobrança judicial do débito;
  • Possibilita bloqueio de contas e penhora de bens para satisfação do crédito;
  • Permite que o credor tome medidas efetivas para receber o valor devido.

Ou seja, sem um cumprimento de sentença bem estruturado e acompanhado, o credor corre o risco de sair do processo de mãos vazias.

 Etapas do cumprimento de sentença na cobrança judicial

Após o trânsito em julgado da sentença (ou seja, quando não cabe mais recurso), inicia-se o cumprimento, que segue as seguintes etapas:

  1. Intimação do devedor para pagamento voluntário no prazo de 15 dias;
  2. Multa de 10% e honorários adicionais se não houver pagamento;
  3. Requerimento de penhora de bens ou valores para garantir o crédito;
  4. Expropriação dos bens penhorados (leilão, adjudicação ou alienação particular);
Escritório
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Cada fase exige atenção técnica e estratégia processual — especialmente para localizar bens e evitar nulidades processuais.

 Como garantir efetividade na execução da sentença?

A efetividade da cobrança judicial depende de alguns fatores-chave:

1. Atuação rápida e estratégica

O tempo é um fator crítico. Bens podem ser ocultados ou transferidos rapidamente. Por isso, é essencial:

  • Agir imediatamente após a sentença;
  • Monitorar movimentações patrimoniais do devedor;
  • Solicitar medidas cautelares, se necessário.

2. Investigação patrimonial do devedor

É possível fazer uma investigação patrimonial extrajudicial antes mesmo da constituição do titulo executivo judicial (sentença). Essa investigação vai ajudar a evitar eventuais fraudes contra o credor e rastrear de forma efetiva as movimentações do devedor.

Uma alternativa à investigação é a instituição de uma hipoteca judiciária, nos termos do art. 495 do Código de Processo Civil.

3. Utilização da ordem legal de penhora

O Código de Processo Civil determina uma ordem preferencial de bens a serem penhorados — e o dinheiro é o primeiro da lista. Isso garante maior liquidez e efetividade.

4. Medidas contra fraudes e ocultação de bens

Se o devedor agir de má-fé para esconder patrimônio, o credor pode pedir:

  • Fraude contra credores ou fraude à execução;
  • Desconsideração da personalidade jurídica (para atingir sócios) se o devedor for empresa;
  • Falência da empresa ou insolvência do devedor pessoa física.

 A importância da assessoria jurídica especializada

A cobrança judicial envolve técnica, prazos e estratégias específicas que impactam diretamente a recuperação do crédito. Um erro de procedimento pode levar à nulidade de atos, perda de prioridade na penhora ou à ineficácia da execução.

Por isso, contar com uma assessoria jurídica especializada em recuperação de crédito é decisivo para:

  • Analisar o caso individualmente;
  • Escolher o melhor procedimento legal;
  • Evitar perdas de tempo e dinheiro;
  • Garantir que a sentença efetive a recuperação do crédito.

Para o credor, ganhar a causa não basta — o que importa é receber! O cumprimento de sentença é o momento de colocar em prática as ferramentas legais para transformar a decisão favorável em dinheiro no caixa. E, com estratégia, agilidade e suporte jurídico adequado, isso é plenamente possível.

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